Veja o que você vai ver aqui :)
Este artigo é a parte 2 de 4 da super trip ao Uzbequistão, nesta parte da viagem vou falar de todos os segredos de Khiva. Esta cidade foi um dos pontos altos da viagem ao Uzbequistão porque Khiva é a cidade mais bem preservada da Ásia Central.
Esta trip em Khiva é a continuação que começou na capital Tashkent. Você pode ver a primeira parte no nosso artigo Uzbequistão – Tashkent – Parte 1/4.
Fiz um translado com um voo de Tashkent para Urgench
Na manhã seguinte, bem cedo, o motorista da agência passou para nos buscar e levar para o aeroporto, agora era vez de ir para Khiva e o aeroporto mais próximo fica em Urgench.
Foram 1:30 de voo na companhia aérea Uzbekistan Airways e preparem-se porque eles só servem água…rs… ainda bem que eu havia tomado um café no aeroporto e comido uma barrinha de proteína. Saímos antes do café da manhã do hotel para pegarmos o voo das 7:30 am. O voo custou 50,00 dólares e eu comprei online pelo website deles. Super fácil.
Assim que nosso voo chegou em Urgench já tinha um motorista da agência nos esperando no aeroporto. De lá pegamos estrada num carro super confortável e novo, com direito a água e balinhas, são 40 quilômetros de estrada boa e tranquila para Khiva.
A média cobrada nesses transfers do aeroporto para Khiva é de 15,00 dólares
O curioso em relação a esse chapéu que estou usando acima é que o povo do Uzbequistão sabe de qual região do país você é pelo modelo do chapéu.
Khiva – É quase como estar em um cenário de filme bem antigo
Agora começa o show de beleza que é o interior do Uzbequistão, aqui eu diria que a capital não é o principal, apesar de linda também.
Aqui o encanto começa, a arquitetura de tirar o fôlego, não tem nada parecido com isso no mundo. Esta é uma das cidades mais preservadas do país, Khiva é toda na “cor de barro” com muitos detalhes em azul. A sensação que eu tive era que eu estava andando num livro de história ou até mesmo em um filme do Aladdin…rs…
Khiva também faz parte da rota da seda e por essas e outras se tornou a cidade queridinha dos turistas internos e estrangeiros no Uzbequistão.
É um pecado ir para o Uzbequistão e não conhecer Khiva, muita gente deixa passar porque ela fica bem longe. As outras cidades são mais encostadas uma na outra e tem o trem interligando elas. No Uzbequistão, ir para Khiva é mais complicado, precisa pegar vôo direto da capital ou de Bukhara tem uns 3 vôos por semana. Eu acabei usando o transfer da agência no Uzbequistão quando precisei sair de Khiva para Bukhara (próxima cidade) e foi perfeito.
Hotel em Khiva
Chegamos no hotel em Khiva por volta das 10:30 da manhã, muito quente, infelizmente escolhi julho que é o pico do verão. Fui recebida muito bem pelo hotel com um simpático recepcionista que falava algumas palavras em português porque ele gostava de assistir novela brasileira, ele era fã da novela O Clone. rs…
Uma coisa que eu fiz questão no Uzbequistão foi escolher hotéis bem tradicionais, eu queria ficar hospedada numa Madrassa em Khiva. Madrassa é uma antiga escola islâmica, existem milhares no Uzbequistão mas, a maioria hoje virou estabelecimento comercial.
E por isso escolhi o Hotel Muso Tora, uma antiga Madrassa, mas, tudo novo, recém reformada. Quarto grande, confortável com ar condicionado, banheira e água quentinha. Me senti uma rainha, o quarto tinha aquelas camas que parece de filme.
O hotel fica dentro do centro antigo (Itchan Kala) e próximo a tudo, você faz tudo andando, recomendo.
Depois de deixar as malas, tomar um banho para refrescar, nosso guia chegou.
O que fazer em Khiva – Uzbequistão
Aqui em Khiva eu também contratei um guia para conhecer os pontos turísticos da cidade, fechei com a agência Dolores. Acho importante para conhecer um pouco sobre a história local e o guia leva nos lugares que dificilmente você acharia porque fica meio que escondido, dentro de umas portinhas que nem chamaria atenção.
Um guia custa em média 30/40 dólares para duas pessoas, vale muito a pena.
Para visitar todas as atrações do centro antigo paguei 150 mil da moeda local (aproximadamente 18 dólares).
O bilhete te dá o direito de entrar em todos os museus e as duas minaretes da cidade, infelizmente conheci só uma porque a outra estava fechada para reforma.
O bilhete te dá direito de visitar as atrações em dois dias. Eu achei um pouco caro comparado com as outras atrações do país, mas você não tem opção, tem que pagar pra entrar na principal atração de Khiva que é o Ichan Kala (centro antigo). Eles começaram a cobrar recentemente com o crescimento do turismo, antes era de graça.
Depois de uma hora andando pela cidade, já havíamos combinado com o guia que queríamos parar para almoçar e ela nos levou num restaurante que a agência havia indicado.
Restaurante Yasavul Boshi – Khiva Uzbequistão
O restaurante em si já é um espetáculo, também uma Madrassa. A decoração é sempre um destaque nesses lugares. Uma coisa que achei curiosa no Uzbequistão todo, não só em Khiva, é que todos os restaurantes tem uma pia com torneira para você lavar a mão na entrada e todos lavam a mão, é cultural, a primeira coisa que todos fazem, achei bem higiênico e por isso não tive receio de comer nada no país.
De entrada sempre costuma vir uma salada de berinjela, pimentão, sempre finalizando com chá, independente se está frio ou calor
Após almoçarmos muitíssimo bem, continuamos a andança com o guia, tudo bem pertinho.
Minaret Islom Hoja
É uma torre belíssima que dá para subir nela. Eu comprei o passe que dava direito de subir nela, caso não queira, o bilhete fica mais barato, mas, vale a pena subir porque você tem a visão da cidade inteira. Só tome cuidado porque as escadas são bem estreitinhas, não indico gente de idade subir porque não tem corrimão e algumas partes são bem escura.
Itchan Kala
Itchan Kala é o nome que se dá para o centro antigo, todas as atrações fica lá dentro.
As muralhas de Ichan-Kala protegeu a cidade por séculos contra invasões, é um paredão imponente e bonito. Ichan-Kala significa algo como fortaleza interior, certamente quem estava do lado de dentro se sentia protegido.
Um lugar lindo e cheio de história, é uma cidade muito bem preservada, quase intocável.
Um dia inteiro dá para conhecer Khiva, eu fiquei dois dias inteiro e não me arrependo. Como estava muito calor, saíamos de manhã cedo e no final do dia para evitar o horário de pico do calor.
A tarde aproveitávamos pra descansar no conforto do nosso hotel. Apesar de ter viajado com minha amiga que amo, cada uma ficou no seu quarto durante toda viagem, perfeito. Assim, cada um no seu espaço e fazendo do seu “tempo livre” o que achar melhor.
Minarete Kalta Minor
É o cartão postal da cidade, a minarete toda em azulejos azul que se destaca entre a cor barro/ocre da cidade. Ela foi construída em 1851 por Mohammed Amim Khan, a intenção era que ela fosse 80 m de altura mas, infelizmente ele morreu e a estrutura permaneceu inacabada e com 20 m de altura, mesmo assim, ela é grandiosa. Não é permitido subir na torre, acho que nem tem acesso para isso.
Para vocês terem idéia do tamanho da Minarete, olha eu alí. A segunda foto é ela iluminada à noite.
Mesquita Juma
Bem no meio da Ichan-Kala tem uma mesquita chamada Juma, são 218 colunas de madeira com a base trabalhada. Por aqui os detalhes da decoração é um fator que chama atenção.
Parando para pensar um monte de colunas assim não teria tanta graça mas, com esse trabalho de decoração, virá arte pura, bem mais bonito pessoalmente do que na foto.
Kunya Ark
É a fortaleza onde costumava ser a residência dos governantes, um dos principais pontos turísticos da cidade e onde melhor tem a vista do pôr do sol. Lá dentro existe um observatório da cidade.
Dentro da fortaleza Kunya Ark
Depois de conhecermos os principais pontos da cidade com o guia, voltamos para o hotel para descansar um pouco. Afinal de contas tínhamos acordado muito cedo, desmaiei e a noite fomos jantar em outro restaurante também indicado pela agência.
Restaurante Zerafshan – Khiva Uzbequistão
Aqui vai mais um restaurante com aquela decoração que arrasa, lindo, até o teto é trabalhado.
De entrada pastel bem parecido com o do Brasil e macarrão verde tradicional de Khiva como prato principal.
Neste jantar comi uma pasta/macarrão verde que eles falam que é tradicional de Khiva, delícia. Também comi pastel igual aqueles de feira no Brasil, fiquei surpresa quando veio porque não imaginava e para encerrar chá com bolachinha que é costume por aqui. Eles amam chá, todas as refeições finalizam com chá quente, mesmo no calor de 40 graus. rs…
A média do preço dos restaurantes ficou entre 15 e 30 dólares. Depende se você pede entrada, prato principal e sobremesa, mas, mesmo os restaurantes mais chiques, o preço é super acessível.
No segundo dia em Khiva, voltamos para todos os lugares que o guia havia nos levado. Fizemos tudo com calma, tiramos fotos e fizemos vídeos, bem devagar, aproveitei para escrever um pouco para o blog, para falar com o Eduardo porque não estávamos conseguindo nos falar direito por causa do fuso horário.
Restaurante escolhido para o almoço foi o Terrassa Cafe porque ficava ao lado do hotel e tem uma vista ótima para a fortaleza Kunya Ark. Comemos um pastel que eles chamam de Dumplings.
Restaurante MirzaBoshi – Khiva Uzbequistão
Eu repeti o macarrão verde e frutas de sobremesa que é bem comum no Uzbequistão.
Este restaurante foi o escolhido para o jantar, super moderno no lado de fora, bem grande dentro e sentamos numa mesa com vista para a Minaret, comida boa e preço justo.
Quanto tempo ficar em Khiva – Uzbequistão
Fiquei 2 dias inteiro, mas, caso você esteja com o tempo curto, 1 dia inteiro você consegue fazer tudo.
Transporte de Khiva para Bukhara
De Khiva para Bukhara foram 7 horas de estrada, são 480 quilômetros rodando no deserto. A estrada é boa a maior parte do caminho e quase não encontramos carro, mas, quase chegando em Bukhara, a estrada fica um pouco ruim, deixando a viagem mais longa porque o motorista precisa diminuir bastante a velocidade.
O transporte de Khiva pra Bukhara é o mais complicado, tem 3 voos na semana para lá e o trem demora bastante, por volta de 6/7 hrs porque não tem trem bala nesse trecho. Fora que pra comprar o tickets antes não é tão simples e costuma ser mais caro online porque você precisa de uma agência pra comprar o ticket para você.
Sendo assim, decidimos pegar um transfer com a agência, em carro bom, ar condicionado, super importante porque no deserto chegou a bater quase 50 graus, paramos uma vez para comer e ir no banheiro e eu nunca tinha sentido a sensação de tá perto de um vulcão em erupção, talvez? Nunca fiquei perto de um mas, imagino que deve ser um calor insuportável!rs…
Leia o artigo da próxima parada, Bukhara aqui.
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