Veja o que você vai ver aqui :)
Imagine você visitar um país novo, moderno e diferente, do tipo que surpreende até o mais viajado dos seus amigos, pois esse país é o Azerbaijão. Quando eu saí para minha viagem, todos meus amigos me chamaram de louca e perguntavam o que eu ia fazer num país desses. Depois que voltei e que muitos viram minhas postagens no Instagram, todos eles comentaram achando incrível, surpreendente e até inimaginável saber que o Azerbaijão é tão bonito, moderno e seguro. Nas reuniões de amigos fico me sentindo uma estrela de cinema e quero que você se sinta assim também, todos ficam encantados com viagens a países diferentes, assim como foi para o Uzbequistão, lindo demais, voltei cheia de histórias para contar para vocês aqui.
Um pouco sobre o Azerbaijão
O Azerbaijão tem como países vizinhos o Iran, Turquia, Armênia, Geórgia e a Rússia. Banhado pelo mar Cáspio, são 10 milhões de habitantes no país todo e desses, 2,5 milhões vivem na capital Baku. No Azerbaijão quase toda a população é muçulmana, 95% da população, ou seja, quase o país inteiro.
A cultura local do Azerbaijão tem muita influência soviética vinda dos tempos que pertencia a União Soviética, mas, também é evidente até na culinária, as raízes turcas, persas e da Ásia Central. É uma mistura muito bonita e bem diferente do que estamos acostumados no ocidente.
Eles falam uma língua chamada azeri e também o russo, afinal eles foram parte da União Soviética, ficaram independente em 1991.
A área do país não é muito grande, principalmente para nós brasileiros, ela é equivalente ao tamanho do estado de Santa Catarina, só pra vocês terem uma ideia.
O país é rico em petróleo, por isso, tudo é muito exagerado na capital, estilo Dubai, prédios enormes, mega modernos, muitos shoppings e muitas lojas internacional de marca, você encontra tudo lá!
Baku ficou conhecida mundialmente por ser sede da Fórmula 1, a cidade é bem preparada para receber turista de alto padrão, todas as redes de hotéis luxuosas estão por lá.
Diferente do Cazaquistão, achei as mulheres mais comportadinhas, olhei muita mulher de burca, inclusive aquela preta que só deixa os olhinhos de fora!
Lá no Cazaquistão, me senti super à vontade usando shorts, já em Baku, ainda bem que separei uma saia no joelho pra usar, não vi ninguém de roupa curta, os homens olham muito, eles são estilo os turcos, então prepare-se pra usar uma produção mais comportada nesse país.
Chegando em Baku – Azerbaijão
Usei a companhia aérea Air Astana para voar do Cazaquistão para o Azerbaijão, é uma cia cazaque muito boa, gostei do serviço, confortável, oferecem kit com meia, tampão de olho e ouvido e até um travesseiro de pescoço inflável.
Cheguei em Baku, capital do Azerbaijão tarde da noite e peguei um transfer que eu havia combinado com antecedência com o hotel, custou 20,00 Manat, moeda local (+ou- 12,00 dólares).
Sei que não é a melhor opção trocar dinheiro no aeroporto porque a cotação é sempre ruim, mas, eu estava zerada, acabei trocando um pouco de dinheiro numa casa de câmbio que fica bem no hall que pega as malas.
O que fazer em Baku
Baku Boulevard
Meu primeiro dia em Baku resolvi usar o metrô, custa 1 Manat (2,45 reais) para 3 bilhetes, muito barato.
Para a conversão estou usando a cotação de novembro de 2019 onde 1,00 real é igual a 0,40 Manat.
A primeira parada foi no metrô Sahil para poder andar pela orla chamada Baku Boulevard. Fizemos uma caminhada pela orla que é muito bonita e com a vista de muitos prédios modernos. Após uma bela caminhada e parada para fotos, passando pela Fountain Square, chegamos no museu do tapete..
Sobre o museu do Tapete
O museu do tapete é um show, já começa com o prédio em si que tem o formato de um tapete se desenrolando. Dentro são quase 5 mil tapetes em exposição e muitos dos artistas expressam a cultura do Azerbaijão através dos tapetes.
Assim como um museu com quadros, o museu tem tapetes até na parede e o cuidado com a preservação é grande. Por isso a temperatura e umidade interna são controlados para preservar os tapetes ao longo do tempo.
Fora isso tem vídeos e outras informações com tecnologia interativas sobre os famosos tapetes que são definitivamente parte da cultura do Azerbaijão. Ainda tem umas mulheres fazendo tapete lá, bem legal de assistir. Nessas horas que vemos quão trabalhoso é para fazer, por isso custa tão caro.
Reserve no minimo 1 hora pra ficar lá dentro. Caso você goste de ler bastante, vai precisar de umas 2, 3 horas pra conhecer tudo.
A entrada do museu saiu por 7 Manat (15 reais) por pessoa.
Restaurante em frente ao museu
Saindo do museu do tapete fomos almoçar em um restaurante bem pertinho chamado UD café, super recomendo. Custou apenas 21 Manat (+ou – 46,00 reais) a refeição bem servida para duas pessoas, com chá para mim e refrigerante para Rosita,minha amiga que foi comigo.
Flame Towers
Depois de almoçarmos, seguimos andando em direção ao teleférico para ver a vista da cidade e também o famoso Flame Towers. Chegando no teleférico, estava fechado e não sabemos o motivo, o guardinha não falava inglês. Você tem a opção de subir de escada, prepare as canelas, são muitos degraus, como estava muito quente, uns 35 graus, resolvemos pegar um táxi. Foi somente 5 minutos de táxi, não lembro quanto pagamos, mas, foi bem barato. Taxi é barato lá, afinal de contas, eles são fartos em petróleo, né?
Depois de 5 anos de construção e 350 milhões de dólares gastos, as torres em formato de três chamas de fogo ficaram prontas em 2012. São 33 andares com apartamentos, hotéis e lojas, como a da Lamborghini, dão aquele toque ainda mais especial a este super projeto.
Sem muita surpresa, o prédio já passou em documentários na Discovery Channel como Extreme Engineering. As Flames Towers foram usados no vídeo game Batterfield 4 e serve de pano de fundo para o GP de Fórmula 1 do Azerbaijão, ou seja, o projeto arrasou!
Centro Antigo
Após explorar a região da Flame Towers, peguei outro táxi para ir ao centro antigo e visitar o palácio Shirvanshahs. Demorou mais uns 5 minutos de táxi, pode ir andando, mas, o sol tava de matar!
Palácio Shirvanshahs
A entrada custa 15 Manat (+ou- 33,00 reais) e para valer o passeio, recomendo usar o áudio, porque o palácio em si é normal. Este palácio foi construído no século XV e é outra construção arquitetônica das antigas para admirar, um dos cartões postais mais famoso de Baku. Patrimônio da humanidade da UNESCO o Palácio Shirvanshahs é descrita pela entidade como uma das pérolas do Azerbaijão.
Bem pertinho fica a Maiden Tower, você pode subir nela também.
Heydar Aliyev Centre – Museu
Este prédio é um show arquitetônico e foi ele que me levou a conhecer o país. Eu não sabia absolutamente nada do Azerbaijão até ver a foto desse lugar. Amo arquitetura moderna e sou apaixonada pelas obras da Zaha Hadid, arquiteta iraquiana que faleceu em 2016.
O prédio que funciona como um centro cultural e museu é enorme, lindo por dentro e por fora, eu acho que a arquiteta se inspirou em Oscar Niemeyer, isso sou eu que estou dizendo, consegui ver traços dele lá.
Este lugar é passagem obrigatória, dentro funciona um museu, uma galeria, um auditório e um café num ambiente mega agradável.
Eu fiz uns vídeos caminhando em frente e você consegue ter uma ideia melhor de como é grande, está salvo nos destaques do instagram.
Reserve bastante tempo, fiquei uma manhã inteira.
A entrada custa 15,00 Manat (+ou- 33,00 reais).
Depois de passarmos horas lá, resolvemos almoçar no único restaurante que tem na frente do local, Bulud restaurant. Nossa refeição custou quase 150,00 reais, um pouco mais caro. Mas, foi bem servido, o local agradável e com vista pro museu!
Hop in Hop off
Após almoçarmos pegamos o ônibus Hop in Hop off, aquele ônibus vermelho de turismo de dois andares.
Um dos pontos do ônibus é na frente do Heydar Aliyev Centre, achei que valeu a pena.
Rodamos o roteiro inteiro, você consegue ter uma visão geral da cidade.
Custa 20,00 Manat (+ou- 45,00 reais) por pessoa.
A comida local
Os pratos no Azerbaijão não são desconhecidos do brasileiro, veja os mais comuns que encontrei por lá:
- Plov, arroz com carne (de vaca, frango, carneiro) e açafrão
- Kebab
- Dolma, nosso famoso charutinho
- Qutab, parece nosso pastel
Hotel
Escolha um hotel que fique próximo ao metrô, isso vai facilitar sua vida. Isso porque o metrô te leva pra quase todas as atrações de Baku.
Fiquei hospedada no Hotel Consul. Hotel simples, com ar condicionado, café da manhã gostosinho e próximo ao metrô Genclik, mas, não espere nenhum luxo.
Como eu tive somente dois dias pra explorar Baku, só parei pra dormir. Por isso, não exigi muito da hospedagem, foram dois dias acordando cedo e dormindo bem tarde.
Caso queira ficar em hotel mais confortável, sugiro que procure um próximo ao Boulevard de Baku.
Sempre fecho meus hotéis no Booking.com.
Segurança e idioma no Azerbaijão
Achei o país bem seguro, em nenhum momento fiquei em alguma situação de medo, éramos duas mulheres andando pra cima e pra baixo sozinha por lá.
Os homens olham MUITO, preparem-se mulheres…rs. Mas, não fazem nada além disso, lembro que muitos carros buzinavam pra gente, aparentemente é assim que eles paqueram! Rs…
Quanto a língua, encontramos mais pessoas que falavam inglês do que não falavam, acredito que por Baku ser sede da Fórmula 1, eles estão um pouco mais preparado para o turismo, mesmo as pessoas que não falavam bem inglês, conseguiam entender, até o guarda no metrô conseguiu auxiliar na compra dos bilhetes.
Visto para o Azerbaijão: Como tirar
No Azerbaijão brasileiro precisa de visto, mas é super simples, só preencher um formulário online, pagar a taxa de 83 dólares (+ ou – 330,00 reais) e esperar uns 2 dias que eles mandam o visto por email.
Precisa imprimir e apresentar na entrada do aeroporto!
Para ter o visto e fazer o pagamento acesse a página da autoridade de serviços de viagem do Azerbaijão aqui.
Dicas: Qual a tomada no Azerbaijão
No Azerbaijão a tomada é de dois pinos, tipo C e também tipo F, a diferença é que uma delas, tipo F, tem também dois pinos terra, repare no desenho abaixo. Então leve adaptador caso precise.
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